quinta-feira, 9 de junho de 2011

Que vergonha Comandante!!!



Comandante Geral da PMAC suspende cautela de armamento para policiais militares



Sob a alegação de “melhorar a qualidade do serviço prestado pela polícia’’ o Comandante Geral Cel. José Anastácio, por meio da Portaria nº. 013/GC/2011 de 16 de maio de 2011 suspendeu cautela permanente de arma aos Praças da corporação, regulamentada através da portaria n° 003/DP/2010.

Como de praxe mais uma desculpa para prejudicar aqueles que realmente enfrentam a criminalidade em nosso estado. Por questões políticas que envolvem as negociações salariais entre governo do Estado e as Associações militares o Comando Geral prefere deixar os policiais militares a meçer da sorte de bandidos. Pelo visto o Comandante Geral já se esqueceu dos 6 (seis) policiais mortos no ano de 2009. Dentre eles o SD PM Jucivan Teles Nogueira, de 33 anos, que após sofrer diversas ameaças de bandidos próximos de sua residência requisitou cautela de armamento da corporação que lhe postergado, cientes da fragilidade do policial cerca de 4 (quatro) bandidos invadiram sua casa o amarraram com o próprio cinto da policia e desferiram dois tiros a queima rouba em sua cabeça.

Diariamente os policiais militares são envolvidos em ocorrências que os colocam cara a cara com diversos tipos de marginais. Por razões de uma legislação (Código Penal e Processual Penal brasileiro) que prolifera a impunidade em nossa sociedade, diversos desses marginais são liberados da delegacia no mesmo dia. Ai o policial vai comprar pão na padaria pela manhã, desarmado, pois a instituição Policia Militar não lhe conferiu o direito de ter consigo uma arma para se defender e defender outrem, e poderá se deparar com o deliquente que prendeu na mesma madrugada. Qual vai ser a reação? Ora podem ser as mais diversas, mas uma coisa é certa, ninguém gosta de ser preso, e nem de quem o prendeu.

O que é intrigante é que todo Oficial da PMAC em sua carteira funcional já dispõe do porte de arma e a sua disponibilidade uma arma da corporação, aos Praças cabem a regulamentação através de portarias com critérios alienígenas de cada Comandante. Pelo visto para o Comando a vida de alguns tem mais apreço que as de outro, o que não é de se estranhar já que se admite em nosso Estado ser a vida de valor subjetivo e político, uma vez que como Risco de Vida é pago a um Coronel R$ 750,00 em quanto um Soldado é de R$ 130,00.

Na verdade a vida não tem um preço, afinal nenhum centavo ou milhões de reais vão trazer de volta a vida de pais, mães, esposos (as) policiais que já se foram em razão de serem policiais. Quando vejo decisões como estas do Comandante Geral da Polícia Militar do Acre, vejo transparecer um sentimento odioso eufemizado pelo legalismo político de nosso Estado, mas na verdade, o que nos conforta é que tais atos expressam, em outras palavras o seguinte: “Morram! Morram! como Heróis! que Eu vivo como um Covarde”. Que vergonha Comandante!!!

09 de junho de 2011

Autor: Um Comandado

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